segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Canadá diz que Protocolo de Kyoto é "coisa do passado"


O governo canadense afirmou nesta segunda-feira (28) que o Protocolo de Kyoto é "coisa do passado", mas não confirmou nem desmentiu versões na imprensa de que antes do fim de ano anunciaria sua retirada formal do acordo para reduzir a mudança climática.
O ministro canadense do Meio Ambiente, Peter Kent, apesar de não comentar estas versões, confirmou que o Canadá não assinará a extensão dos objetivos estabelecidos em Kyoto durante a Cúpula da Organização das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP17), realizada até o dia 9 de dezembro na cidade sul-africana de Durban.

Veja os infográficos:Como acontece o aquecimento global
Quem são os maiores emissores
"Não vamos realizar um segundo compromisso com Kyoto", disse Kent durante entrevista coletiva. Quando perguntado se o Canadá sairá do Protocolo, Kent disse que vai a Durban com o objetivo de conseguir "um mandato para negociar um novo acordo vinculativo que eventualmente inclua todos os principais emissores do mundo".
"Nosso governo pensa que o compromisso do anterior governo (canadense) com o Protocolo de Kyoto foi um dos maiores erros já feitos. O compromisso de nosso governo é com Copenhague e com um plano realista de redução de gases com efeito estufa alinhados com nosso vizinho (Estados Unidos)", acrescentou Kent.

O Protocolo de Kyoto estipulava que para 2012 o Canadá iria reduzir 6% de suas emissões com relação a 1990, mas em 2009 as emissões canadenses tinham aumentado 34% acima das de 1990.
Grande parte do aumento das emissões é fruto da exploração das areias betuminosas na província de Alberta, considerada a maior reserva de petróleo do mundo junto com as da Arábia Saudita.
As raízes do governante Partido Conservador do primeiro-ministro Stephen Harper se encontram em Alberta, que na última década se transformou em um dos centros econômicos e petroleiros do mundo graças a bilhões de petrodólares.
O Canadá está mergulhado em uma campanha de relações públicas para classificar o petróleo das areias betuminosas como "petróleo ético" em contraposição ao procedente de países árabes e para aplacar as críticas dos grupos ambientais.
Nesta segunda-feira, a imprensa britânica revelou que o governo do primeiro-ministro David Cameron está dando "apoio secreto" às jazidas de Alberta para evitar que sejam penalizados pela União Europeia por sua elevada taxa de poluição.
As companhias britânicas Shell e BP são duas das principais empresas envolvidas na exploração das areias betuminosas de Alberta.

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